Hoje o tempo está morto,
com o ar pesado e quente.
Não há nuvens e já vejo a lua
pintada no mar claro do céu,
do anoitecer.
Olho p'ra ela e penso
em ti, e em como os meus sonhos
são irrealizáveis, tão distantes que
nem com um foguetão os
alcançaria.
Eles são como as estrelas,
tocam o céu. E por saber que
o céu é infinito, sei que os
sonhos também são:
infinitamente distantes.
Mas o maior sonho é contigo
e tu és real e terrena,
estás perto.
Então pergunto-me:
será esse sonho alcançável?
"Talvez!", responde-me o eu (não eu),
pois uma parte do sonho
é real: aquilo que sinto.
A lua continua imóvel, o
tempo absorto.
E eu, agora absorvido em esperança,
sinto o vento Norte na cara.
A Natureza diz-me assim,
com um súbtil gesto que todo este
tempo vai mudar.
1 comentário:
é esperar que queiram entrar nos nossos sonhos!
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