companheiras .

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O tempo vai mudar.


Hoje o tempo está morto,
com o ar pesado e quente.
Não há nuvens e já vejo a lua
pintada no mar claro do céu,
do anoitecer.

Olho p'ra ela e penso
em ti, e em como os meus sonhos
são irrealizáveis, tão distantes que
nem com um foguetão os
alcançaria.

Eles são como as estrelas,
tocam o céu. E por saber que
o céu é infinito, sei que os
sonhos também são:
infinitamente distantes.

Mas o maior sonho é contigo
e tu és real e terrena,
estás perto.
Então pergunto-me:
será esse sonho alcançável?

"Talvez!", responde-me o eu (não eu),
pois uma parte do sonho
é real: aquilo que sinto.
A lua continua imóvel, o
tempo absorto.

E eu, agora absorvido em esperança,
sinto o vento Norte na cara.
A Natureza diz-me assim,
com um súbtil gesto que todo este
tempo vai mudar.

1 comentário:

I disse...

é esperar que queiram entrar nos nossos sonhos!